terça-feira, 18 de agosto de 2009

Infinitamente você -

Todas as cores dos seus olhos;
Refletem o brilho que você tem.
Todas as palavras que você diz;
Te impedem de se esconder.
As suas bochechas, quando ficam vermelhas;
Fazem a moldura do seu sorriso.
E você sempre me põe no seu jogo;
E você sempre está na minha mão.
Não me faz mal, não me faz bem.
Não saio da sua teia, e você é meu refém.
Cada gesto, cada medo.
Cada instante, cada segredo.
Tudo faz sentido agora.
Ah, como eu gosto disso.
Ah, como eu adoro você...

Eu já não tenho escolha, eu participo do seu jogo, eu participo do seu jogo, eu participo... ♪

sábado, 15 de agosto de 2009

"A melhor banda dos últimos tempos da última semana" ♪

"Amy Winehouse é flagrada aos beijos com uma mulher"
"Brad Pitt faz gesto obsceno pra câmera do paparazzi"
"Gianni não interpretará vilão gay em seriado"

As notícias que realmente mudaram minha vida, cara!


Aah tem outra que eu simplesmente p-a-s-m-e-i:
"Sandy Leah se considera viciada em Twitter"
Eu acho que eu sou muito chata, mas mesmo assim: que raio de diferença faz na minha vida?
Por favor, me faça desistir da ideia de que existem algumas manchetes de jornal (on-line ou impresso) que servem simplesmente pra ocupar espaço.


Claro que se eu tivesse 10 anos de novo, e me deparasse com a notícia da Sandy ser viciada em Twitter, eu iria correndo pro meu blog pink com aquelas paradas com estrelas que seguem o mouse e postaria a notícia da minha vida :O
Mas eu não tenho mais 10 anos, e acho que a maioria das pessoas que estão lendo "isso" também não. E a Sandy nem tá mais na mídia e tal. Então você deve concordar que essa notícia é só mais um lixo virtual.


Eu entendo a admiração por um artista e tal, até porque eu tenho meus artistas favoritos (e eu deixo bem claro aqui :D), mas o que eu não entendo é essa fixação cabulosa por cada passo que gente como a gente dá.
E o negócio é tão real, que tem até programa dedicado somente pra falar da vida de sub-celebridades.
E outra, ninguém fica pra sempre na mídia. Por mais que bombe um dia.
Ou vai dizer que você vive ouvindo falar sobre algum integrante do Menudo? Ou até mais recente, sobre algum integrante do RBD? Ou ano passado, alguém ouviu falar do Corinthians? (uahsuhaush /parei)


E depois a razão da existência das adolescentes dos anos 80 (aquelas da calça no umbigo) tem a coragem de querer voltar pra mídia.
Até os atuais tiozões barbados do New Kids On The Block. Confesso que ri pacas assistindo o video clipe novo deles. Caras de mais de trinta anos, fazendo pose de menininho, cruzando os braços (peludos) e olhando pro além. Aliás, que parte de "New Kids" eles não sacaram?
Gente, podem me odiar pra sempre, mas eu coloquei na minha cabeça que por mais que o vocalista da boy band seja lindo, saiba rebolar, tenha um cabelo que daqui a 10 anos seja considerado ridículo e um abdômen sarado, ele não merece que você gaste todos os dias da sua vida em função dele.
Não soa estranho "milhares de pessoas fixadas por uma pessoa só"?
Tá, não sou hipócrita. Eu tenho muito carinho por algumas bandas e tal. Mas quando eu li a seguinte notícia, por exemplo:


"Drake Bell fala mal de Hannah Montana", eu só dei risada.


Não saí por aí, em fóruns, defendendo o Drake.
Por mais que ele tenha ocupado o papel de parede do meu computador, meu aparelho de som e durante anos a minha televisão, esse negócio de por a mão no fogo pelos outros (ainda mais se esse "outro" morar no Hemisfério Norte) é furada.



Uma coisa é admirar, adorar ou (sei lá) amar um artista. Assim como você pode gostar da Madonna, assim como eu gosto do Dinho Ouro Preto.
Outra coisa é dedicar a vida em função de uma pessoa que você querendo ou não, nem sabe da sua existência. Isso é terrível.

Heloísa.

P.S. Entre todas as "notícias" que eu li, tem uma que eu realmente achei mais curiosa:

"Reinaldo Giannechini sai pra balada com uma camiseta com os dizeres 'Me Pega'."
Nós brasileiros, somos obrigados a ler essas coisas ¬¬

Heloísa Vilela não é invejosa, depressiva, encalhada e revoltada.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Momento inesquecível, show do Capital Inicial...

E é justamente ao som de Capital Inicial, que eu começo a recordar o sábado, dia 08/08.
Torrei a paciência do meu pai muito, o suficiente para ele concordar comigo que valia a pena reviver a magia que é o show da banda do Dinho Ouro Preto.
Com os ingressos na mão, papai ia sair do serviço e me encontrar no portão de casa às 15h. já que ele tinha compromisso com o grupo dele (pra quem não sabe, meu pai é músico).
Minha ansiedade não cabia em mim, sou muito fã do Capital, muito mesmo. Por eles, valia a pena ir pro samba e esperar com um pouco de inquietação até 20 hrs.
No carro, o cd do Arlindo Cruz embalava nossos planos, nossas apostas sobre o repertório, nossas lembranças em relação ao último show que a gente foi, há seis meses atrás, e sobre a simpatia, carisma, afinação e tudo mais do vocalista.


_Pai, onde é mesmo o pesqueiro?
_Lá em Mauá, filha. Acredita nisso? - respondeu, atento ao trânsito infernal de Santo André.
_Aff, lá no fim do mundo! - não que eu não goste de Mauá, mas realmente é no fim do mundo.
_Ahh nem me fale.
_Tudo bem. Nossa, amo essa música.
E aumentei o volume do rádio, que reproduzia "Será que é amor".
Chegamos em fim ao bairro do tal pesqueiro. O resto do grupo estava atrasado, eu estava arrumando o cabelo frenéticamente, e o meu pai estava me contando sobre os bois que moravam no morro alí perto, e descrevendo perfeitamente o chifre deles.
_Oi, tô onde Judas perdeu as meias, as meeiaaas! (¬¬) - eu disse, fazendo cara de tédio.
_Ah filha, não é pra tanto! Pega sua jaqueta e senta numa mesa perto de mim, tá?
Foram algumas horas meio entediantes pra mim, não que eu não goste de samba, mas só de imaginar o Dinho Ouro Preto, de regata preta, cantando "O Mundo", qualquer outra coisa ficava um porre.
Pra desfarçar o stress, fiz bonequinhos de canudo e cantei um repertório todo de Michael Jackson.


Deu as benditas 20 hrs. Meu pai colocou o pandeiro numa capa, o pedestal em outra. Segurou minha mão e fomos pro carro, rumo a Ribeirão Pires, pro evento que eu mais havia pensado durante as férias, prolongadas em função da nova gripe.


Um show de abertura, uma briga feia, uns gritos do meu pai, umas risadas com um garoto desconhecido (em função aos gritos de ansiedade do meu pai, com o atraso de uma hora), e muitos rocks mais tarde, o apresentador do show anunciou (pela milésima vez) que o Capital ia entrar no palco. Ainda tocaram Smells Like Teen Spirit, pra minha alegria e pro desespero do meu pai, que não gosta de Nirvana.


Eis que a banda entra no palco, e eu tão perto da grade, pude observar o Dinho, tão lindo, legal, simpático e com a tal regata preta que eu esperava, escrito AC-DC.
Cantou todas as minhas músicas favoritas, até dizer a frase que eu nunca vou esquecer:
_Essa música aí, cara, é sobre uma segunda chance, tá bem? É um dos rocks nacionais mais fodas da história, cara.
E começou a introdução de Primeiros Erros. A música que eu e meu pai mais esperavamos, a que mais gostamos também. Nos remete a lembranças, nos emociona.
Olhei pra trás, comecei a chorar. Abracei ele, que também chorava, com força. De saudades do meu avô, que proporcionou a ele as primeiras experiências com o rock, e com o Capital Inicial.
Choramos muito, enquanto eu pedia a Deus pra ser legal comigo, e deixar meu pai na terra pra sempre.
Daí pra frente, o show estava cada vez mais emocionante.

Então tocaram "A Sua Maneira", anunciando que era a última música do show. Eu sabia que não era, porque ainda tinham que tocar Veraneio Vascaína e tal.
O Dinho queria tirar uma foto da platéia. Falou pra todo mundo gritar DU CARALHOO quando ele contasse até 3.
Oportunidade de falar palavrão perto do meu pai, só no show do Capital ou em estádio de futebol. Então aproveitei...
Ele tirou duas fotos. Mas a gente já estava lá no fundão, indo pro estacionamento. No meio de 30 mil pessoas, ia ser impossível sair nas fotos.
Fui andando até o carro, ouvindo a banda tocar "Fogo". Com o estacionamento lotado, ainda consegui ouvir Veraneio Vascaína, e ouvi também a despedida da banda.

Eu fui embora feliz. Feliz por ter assistido minha banda favorita mais uma vez, feliz por ter visto o show tão de perto e feliz por ter vivido mais um momento inesquecível do lado do cara mais importante da minha vida. O que eu chamo de
pai.
Foto do show. Como eu não levei câmera lá, peguei essa foto no fotolog da banda :)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O delírio do astronauta.

E aqui do espaço, a vida passa.
Passaram também as lembranças.
Do outro lado da janela, tem um mundo.
Cheio de histórias. Histórias perdidas...
Tem a rua, que conhece cada passo que você deu.
Mas nem a Lua é capaz de descrever o que aconteceu.
Um eclipse, ou só mais um delírio.
Uma história que daria um livro.
Uma busca louca, tensa, melancólica e ao mesmo tempo inútil;
Pela estrela sem nome, cuja face não me some.
Talvez só mais uma peça que a vida pregou,
Ou simplesmente, um momento inesperado, mas que já passou.
Posso ver a multidão, tomando conta de tudo, transformando tudo em nada.
Um erro da vida. Um tiro no escuro.
A estrela sem nome, do rosto sereno, jogou o astronauta num buraco sem fundo.
Talvez já tenha acabado,
Ou quem sabe só começou.
A vida daquele humano solitário, a estrela mudou.
Naquele momento, o sorriso do astronauta atingiu o seu ponto máximo de luz;
Mas logo após, se apagou.

domingo, 2 de agosto de 2009

A beleza está na essência!

É que eu não entendo essa necessidade de seguir padrões.
Vejo as minhas colegas se torturando após comer um cookie no intervalo, pois correm o risco de engordar (oh!) 100 gr. e então, não irão mais pesar 50 kg.
Elas conseguem a façanha incrível de transformar a beleza, que é algo tão maravilhoso (e faz bem pro ego, pra nossa auto-estima e pros olhos alheios hehe), numa tortura.
Mas aí eu me pergunto: ser bonita se resume em pesar 50 kgs, ter cabelos lisos e as unhas vermelhas?
Cada vez mais cedo as meninas (e os meninos) buscam se encaixar nesse padrão meio absurdo que as pessoas criaram. É só entrar numa sala de quarta série. Daí você tira suas próprias conclusões, e talvez até concorde comigo.
E por quê um bolinho de chocolate vai te destruir? Pra quê vomitá-lo no banheiro?
Pra ser igual todo mundo? Pra poder ser o que as outras pessoas querem que você seja?
Um conselho: a gente só consegue ser belo por fora, quando está tudo ok por dentro! Não tem nada de errado em ser diferente.
Vamos nos libertar dessas correntes, que nos prendem a algo que as vezes nem somos, mas queremos ser, só pra sermos aceitas num grupo qualquer.
A beleza tem que ser acompanhada do que nos faz bem. Não de tortura, rios de dinheiro e dietas malucas.
Existem coisas mais importantes do que entrar numa calça jeans 36.
E a gente tem que se cuidar, é claro. Mas antes de tudo, respeitando nossa essência.
Olhe-se no espelho, e veja o quão bonita(o) você é.
E nunca se deixe abater por críticas estúpidas, apelidos maldosos e dedos apontados pra você.
Lembre-se sempre de que você é singular. E sua auto-imagem é o que mais vale.
Porque simplesmente (digo por experiência própria), chega uma época em que as meninas que zoavam seu cabelo vão perguntar qual salão você frequenta. Quanto aos garotos que te magoam, deixe estar. Chega uma época em que todos eles vão ser só elogios a ti. :)
Porque bonito mesmo é ser quem somos.