quarta-feira, 29 de julho de 2009

O (des)amor

Não posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito.
William Shakespeare
Fecho os olhos e procuro segurar sua mão.
Imagino mil palavras e as mil reações que elas podem causar em você.
Dou um sorriso tímido, você responde com outro. Largo.
Pego meu violão e canto pra você. Uma música linda.
Seu sorriso deu a entender que não vai acontecer de novo, que sempre vai estar aqui.
E esse momento se torna perfeito. Penso por um segundo que valeu a pena ter esperança.
Bastou um sorriso e eu me derreti. Me tornei mais forte.
Até voaria com você.
Porém, por mais que eu falasse, você não respondia.
Boba, jogo a culpa na timidez que você tem.
Ah, como eu estava te amando!
Só iria melhorar se você retribuisse com palavras. Porque eu até gosto da sua voz.
Um segundo e eu acordo.
Lembrei que você tinha ido embora, pra ficar com a outra. A minha "amiga".
É, suspiro fundo. Num misto de agonia e saudade.
Esse foi só mais um sonho. E você sempre será só mais um idiota.


The Calling - Adrianne
Combina com essa postagem:

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A magia por trás das linhas...

Não é difícil encontrar inspiração;
Basta fechar os olhos, e entrar num mundo só seu.
Basta respirar fundo, e sentir um ar novo.
Basta olhar pela janela e ver um céu infinito.
Não basta só escrever, é preciso sentir.
Escrever é inconstante, é imenso, é maravilhoso;
Pois não basta apenas ter ideias, é preciso saber como escrevê-las.
Por isso considero a escrita como um dom, uma dádiva.
E trato os escritores como iluminados.
Porque simplesmente são. Tem o mundo nas mãos.
A alma precisa ser traduzida. Existem meios pra isso.
Eu encontrei os meus. Preciso de música, e mais do que isso preciso de letra.
Tem uma magia louca por trás das linhas.
Sejam elas digitadas, escritas ou apenas imaginadas.
Se é que indico algo pra alguém, indico escrever.
Aos que não se consideram possuidores desse dom, aconselho que leiam.
Leitura é mágica. E são os leitores que inspiram os escritores a escrever;
Por fim indico a palavra, é o que move o mundo.
Apesar que sou suspeita pra dizer.
Apenas porque me sinto viva enquanto escrevo, pois é uma necessidade maravilhosa.
Meu vício, meu jeito de desabafar, minha necessidade que é mais que preciosa.
É vital.

Essa postagem é a 50ª a ser publicada, por isso agradeço a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Um beijão!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Círculos

Essa coisa de ser diferente já está me deixando encabulada.
É um tal de escreve-apaga que até me irrita. Fico aqui tentando escrever o que eu estou sentindo, mas sem querer me expor e ainda assim tentar fazer as pessoas entenderem e concordarem com o que eu escrevo.
Sim, concordarem, pois morro de medo de críticas. Não é questão de ego, de arrogância e nem de nada disso. É covardia mesmo.
Na verdade, me espanta o fato de eu estar aqui, escrevendo sobre ser tão covarde em alguns aspéctos.

Vencer os meus medos; sim, a vida inteira todas as pessoas do mundo dizem isso pra mim.
E não desmerecendo os conselhos, até porque eu gosto deles, mas dificilmente vou obedecê-los. Fato é que vou com certa frequência ao Playcenter, por exemplo, mas nunca havia brincado em nenhum brinquedo além do Splash. Por anos fui "fotógrafa" e "seguradora de mochila" oficial dos meus amigos. Minha desculpa? Aponto pra placa de restrições e digo: viu, tenho aerofobia!
Vencer os meus medos; foi uma das primeiras coisas que escrevi na minha lista de metas para 2009. Dessa vez eu cumpri. Semana passada, após pagar o mico de ver meu irmão de 10 anos brincando em tudo, subi no Evolution. Primeira e última vez. Não, não sofro de aerofobia (e que meus amigos não leiam isso). Mas essa sensação de estar caindo é horrível pra uma pessoa que não troca por nada a segurança de ter os dois pés no chão.

Mas não é esse tipo de medo que mais me atormenta. O medo de cair literalmente é o de menos.
Ruim mesmo é ouvir a verdade, é aceitar que mudanças são necessárias.
É parar de fugir desses tópicos de comunidade do orkut, que dizem, "a 1ª impressão que vc teve da pessoa acima". É parar de ter ataque quando minha mãe (oh!) muda a mesa da cozinha de posição. É não conseguir ouvir as críticas (mesmo as construtivas) de cabeça baixa.
É ter tanto medo do que pode acontecer, a ponto de preferir viver presa na rotina. É não saber como dizer dessa fraqueza, e assim me apoiar na velha e boa música, dessa vez em Circles, do Drake Bell.

Pouco a pouco vou mudando, vou crescendo. Vou enfrentando meus fantasmas e tentando conviver com o fato de que a vida tem caminhos tortuosos. Daí quem sabe um dia saio desse círculo?

Beijos...

sábado, 11 de julho de 2009

Chuva chata, chuva ingrata

Hoje é mais um daqueles dias em que eu olho pela janela e vejo chuva.
Não gosto de chuva, chuva é chata e dá um tom melancólico pra árvore Quaresmeira florida que eu tenho na calçada de casa.

A chuva só se torna engraçada na porta da escola, quando as meninas sobem a rua gritando com a mão no cabelo; fora isso a chuva é estúpida.

Há quem diga que a chuva "lava a alma". Mas pra mim ela sempre foi inspiração pra escrever coisas tristes, coisas que a gente não gosta de falar. Tipo velório.
A chuva é ingrata, vem qdo a gente não quer. Quando a gente precisa dela, cadê?

Queria lutar contra a natureza, e dar um jeito pra essa chuva boba não miar meu sábado. Chega a ser frustrante saber que não posso fazer nada. Hoje é sábado, eu podia estar passeando com a turma, ou em um dos passeios estranhos em família que geralmente fazemos aos sábados. Tipo quando meu pai levou a gente pra pescar siri, e devido a minha aversão ao bichinho, acabamos o dia no Guarujá.

Mas a chuva tem que estragar tudo. Tem que deixar meu dia com cara de cinza. Tem que deixar meu corpo com sensação melancólica. Tem que deixar minha alma meio triste.
Até porque eu tenho trabalhado na teoria de que tudo que é ruim acontece em dia de chuva. Pode parecer estúpido, mas nunca participei de enterro com o tempo aberto, por exemplo.

Não quero mais falar de chuva. Já estou com vontade de gritar.

Como dizem as sábias palavras cantadas por Dinho Ouro Preto:
"Se meu corpo virasse sol, se minha mente virasse sol;
Mas só chove, chove. Chove e chove."




Peço desculpas pela postagem, que eu denominaria idiota,
mas se eu não falasse sobre chuva, acho que teria um ataque :]

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Desabafo..

Nessa loucura na busca pela sanidade; perdi o controle.
Nessa utopia de perfeição do mundo; fiquei desiludida.
Nessa auto-cobrança monstra; fiquei estressada.
Procurando palavras de conforto; ganhei a verdade.
Sentindo que estavam todos contra mim; só me confirmaram o que eu já desconfiava.
Confiando um segredo ao pé do ouvido de poucos; me viraram os holofotes.
Com toda a minha doçura; minha boca ficou com gosto amargo.
Fiz planos; mudei-os com caráter de emergência.
Com toda essa minha intolerância; magoei quem não devia.
Neurótica e preocupada; não fui capaz de enxergar as respostas em baixo do meu nariz.
Tentando ser madura; fui taxada de infantil.
Vivendo nos contos de fadas; perdi a oportunidade de fazer meu próprio final feliz.
Porém;
Ignorando uns; cativei outros.
Aos que cativei; magoei inconscientemente.
As vezes acho que fiz tudo errado; poucos reconhecem que estava certa.
Me falaram tanto que eu era perfeita; que houve um dia em que acreditei.
Minha bolha enfim explodiu; agora vou sair casulo.
Tentando ser diferente; acabei na mesma merda que todo mundo.

P.S. Essa é pra Raquel, que vive com seus acessos de loucura.